Dor de cabeça é um saco, né? Eu, que sofro de enxaqueca há muitos anos, falo do assunto com propriedade. E se nós adultos nos incomodamos (e muito) com a dor, imagina os pequeninos. Alguns papais e mamães ainda acreditam que, na maioria das vezes, a cefaleia infantil está relacionada com problemas visuais. Segundo o pediatra Marco Aurélio Sáfadi, coordenador da equipe de Infectologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, isso é um mito.
– A principal forma de cefaleia crônica encontrada na infância é a enxaqueca, seguida pela cefaleia tensional, resultado da tensão ou contração exagerada de grupos musculares do pescoço, ombros, couro cabeludo e face.
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Assim como no adulto, a enxaqueca infantil pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, tontura, dor abdominal, incômodo à luz ou ao barulho, palidez e sudorese. Conforme a idade, os sintomas vão variar, ok? Em geral, a enxaqueca dura de poucas horas até 72 horas e pode se instalar em qualquer lugar no crânio, mas principalmente na fronte ou laterais da cabeça.
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Nem sempre a enxaqueca surge “do nada”. A criança pode apresentar fatores desencadeantes, como ingestão de determinados alimentos, jejum prolongado, sono excessivo ou privação, esforço físico, uso de medicamentos, dentre outros.
– Não existe nenhum exame de laboratório ou imagem que defina o diagnóstico da enxaqueca. Sendo assim, é a partir das características das crises que vamos definir o tipo de cefaleia.
Dessa forma, uma dica é anotar o máximo de informações possíveis sobre horário da dor, intensidade, tempo de duração, sintomas associados, uso de analgésicos, tipo de alimentação etc. São essas informações que ajudam o médico a individualizar o tratamento. E muita atenção: o uso abusivo de analgésicos pode ser responsável pela cronificação de cefaleias episódicas. Então, antes de medicar converse sempre com o pediatra.
– Mesmo que raramente traga riscos para a criança, a cefaleia pode exigir tratamento contínuo já que a frequência e a intensidade das dores podem atrapalhar as atividades escolares e de lazer.
Segundo Sáfadi, apenas 5% das cefaleias são secundárias, ou seja, representam um sintoma de alguma outra doença, exigindo tratamento específico. De qualquer forma, é um sintoma que não pode ser negligenciado, ainda mais se estiver acompanhado dos chamados sinais de alerta.
Crédito de foto: FreeImages
1 Comentário
Muito legal o blog. Mas minha reclamação são minhas dores. Quando tive uma crise de dores de cabeça, o médico me falou desse colchão kenko com infravermelho. Quem daqui já ouviu falar? Parece que ajuda até insonia.